quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Encontro do Curso Escuta Criativa


Hoje foi mais um dia de encontro do  Escuta Criativa mediado por Isabelle Borges e Carla Vergara. Antes de contar o ocorrido nesse dia, vou aproveitar para contar um pouco sobre a proposta do curso.

Elas trabalham com a metáfora do rio. No primeiro encontro, é feito o levantamento de como chegamos no curso - a nascente - como chegamos no percurso da criação. Pergunta de onde nascem as criações. Uma rodada onde todos falam. No segundo momento, outra rodada de conversa para saber o que cada um quer criar e trabalhar no grupo. Elas comentam as respostas e jogam questões direcionadas para cada participante do curso refletir e respondê-las. O mais legal do curso são as falas do grupo, as provocações de Isabelle e Carla.

A partir desse primeiro encontro, inicia-se o trabalho com os projetos iniciais (são os afluentes). Como são apenas 4 participantes, ficam duas pessoas/encontro. Assim, elas entram em contato com cada uma separadamente, propondo uma atividade para ser apresentada no encontro seguinte. Na semana passada, fomos eu e uma outra moça, artista. Para mim, foi solicitado a escrita da minha autobiografia, contando os movimentos da vida, sem falar do meu projeto, mostrar como eu sou, a minha história (contar quem sou eu e as várias fases da minha vida). Usando o recurso que eu quiser (fotos, imagens etc). Levantar memórias da minha infância/juventude. Essa atividade foi proposta para mim, porque estou mexendo com questões identitárias no meu projeto de escrita do livro.

Fui buscar fotos em um báu. Fiz minha mãe procurar as fotos. Organizei minhas memórias em imagens e intitulei "Autobiografia/Conversas em imagens: Nas memórias: uma viagem entre o ver e o olhar. Fiz um breve texto e apresentei junto com as imagens.

Em uma conversa com Edméa no whatsapp ( no dia 27/08), ao comentar sobre a atividade do curso, ela afirma que  "Via história de vida, a escrita vem como dispositivo. A pessoa escreve sem o peso de ter que escrever . Escreve porque tá envolvida com aí e com o coletivo a partir das histórias do grupo." Inspirada na atividade, ela propõe que eu inicie meu livro assim. Quem é a autora e como ela foi se transformando até aqui.

No final da minha apresentação, foi solicitado que cada uma do grupo escrevesse uma carta para Noah - começando assim "Neto de Maristela, Maristela é..." E eu deveria escrever a carta, começando assim "Meu neto, sou Maristela..."

Voltando para o encontro de hoje, foram apresentados mais dois projetos. Para a primeira cursista, uma celebrante de casamentos, foi proposto que as demais participantes perguntassem o que em uma história de amor merece ser celebrado.Na apresentação da segunda cursista, um projeto artístico, foram propostas duas atividades: 1- fazer uma pergunta que ajude a cursista a buscar entendimento sobre seu processo e a segunda foi propor algo que ajude-a na buscad e resposta para suas inquietações, para as amarras que impendem a sua criação.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Live Pesquisa Multirreferncial

 

Hoje foi dia da Aula Pública da disciplina Seminário Avançado II – Comunicação e Materiais e Multimídias, ministrada pela nossa convidada especial professora Drª. Mayra Ribeiro (UERN) com o tema “Pesquisa em Educação Multirreferencial”. 

Link de acesso:  https://youtu.be/Z7BPMSCqjR0

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Live Joice Berth

 


Hoje assisti a live de Joice Berth, onde destaco com pontos que achei mais significativos em sua fala, que foi pautada em seu livro Empoderamento, da coleção feminismos plurais:
  • Cotas em universidades não é favor, é colocar no mesmo nível/igualar as pessoas na concorrência de vagas. Citou um texto de Sueli Carneiro, intitulado "Cotistas desagradecidos". As cotas sociais que favorecem os mais pobres/carentes não são suficientes para inclusão dos negros e indídios. Por isso, a necessidade das cotas étnicos-raciais;
  • Devemos ouvir mais os raps (Manu Brown, Crioulo, Emicida, MC Soffia etc) que falam sobre questões sociais. Eles merecem ser seguidos como inspiração e força. Destacou a música "Sou função" de Racionais - Manu Brown;
  • Destacou o conceito de empoderamento, citando Foucault como fonte;
  • Resaltou que os livros da Coleção Feminismos plurais, além das discussões teóricas, apresentam proposições de ações que podem/devem ser colocadas em práticas na sociedade, nas escolas etc.


sábado, 27 de agosto de 2022

Organizando meu livro

Hoje (sábado), acordei super cedo. Passei a manhã organizando as primeiras ideias de meu livro. Dilemas emergiram em relação ao que devo ou não incluir nos capítulos. Pensei em um formato que contemple os meus estudos que se iniciaram desde a primeira especialização (em 1998), relacionadas a questões de autoria, atualizando-os com minhas inquietações atuais sobre identidade e relações étnico-raciais.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Banca de defesa de tese de Wallace Almeida - UFRRJ


Hoje a tarde, foi dia de defesa da tese de Wallace Almeida, intitulada Fact-Checking Education, com a participação de uma banca luxuosa. Muitas aprendizagens. Assisti a apresentação de Wallace e  ouvir a fala de Lucia Santaella. Em seguida, precisei sair para participar de mais um encontro do Curso Xirê Epistemólogico (que será comentado em outro post). Retornei para a banca após o curso e ainda ouvir a fala de Flávia Motta. Assistirei na íntegra no canal do GPDoc Rural.

 

Último Encontro Curso Xirê Epistemológico

 

Hoje foi o dia do último encontro do Curso Xirê Epistemológico.

No primeiro momento, a Karina Ramos, a luz das ideias do seu capítulo do livro intitulado OKÊ ARÕ! Oxóssi atarvés das deusas kalunga da fartura,  trouxe uma discussão sobre as mulheres arqueira - uma relação com o movimento de Oxossi.

 No segundo momento, Adelson Ataide Júnior, partindo da discussão do seu capítulo "OSUMARE - O ORIXÁ DE TODAS AS CORES: Gêneros, sexualidades e outras mudanças na pele da  serpente, fez uma fala sobre  sobre a inclusão da diversidade nos terreiros. 

Aprendendo muito e precisando aprender muito mais!
Parabenizo  a coordenação do curso. É preciso ofertar muitas outras turmas!!!

Banca de defesa de dissertação de Talita Andrade: UESC

 




Participei hoje de manhã da Banca de defesa da dissertação de mestrado, intitulada “FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS: contribuições do Núcleo de Tecnologia Municipal de Itabuna/BA”, da mestranda Talita Oliveira Duarte, orientada por Livia Coelho. Que as publicações circulem e contribuam na qualificação de núcleos de tecnologias. Adorei dividir a banca com Cintia Borges de Almeida. Belo trabalho!



quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Defesa de dissertação de Walter de Alcântara Junior - UESC

 


Hoje participei da banca de defesa de mestrado de Walter de Alcântara Filho, intitulada “(Des) conectados: o uso de tecnologias digitais entre professores da educação básica – Ilhéus/Itabuna - Ba e graduandos em licenciatura da UESC”, pesquisa orientada pelo professor Marcelo Gomes da Silva. Belo trabalho!!!Uma discussão importante para estudos sobre políticas públicas de inserção de tecnologias na educação básica e para revisão/atualização dos projetos pedagógicos das licenciaturas, pensando no contexto da cibercultura. Adorei dividir a banca com Livia Coelho!!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Monólogo O julgamento de Sócrates

 


Ontem, assistimos ao Monólogo “O Julgamento de Sócrates” no Teatro XP Investimentos. A peça, que estreou em 2017, é uma adaptação de “Apologia de Sócrates”, de Platão, criada pelo autor Ivan Fernandes. 

"No palco, Sócrates está sozinho, em figurino neutro e atemporal, e defende perante a plateia de “espectadores-jurados” não apenas suas ideias, mas sobretudo o direito de tê-las. Além disso, defende a necessidade de examinar a vida do ponto de vista ético e a busca pela sabedoria, e não pela satisfação material. E são nesses conteúdos que está a grande força do espetáculo, pela imensa relevância de suas palavras para o momento em que vivemos."

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Musical Elas brilham

Quando vc está pesquisando, interessada em determinado tema, aberta a aprender, atenta a tudo que acontece, o mundo conspira a seu favor. No fluxo da cidade, no caminhar ubíquo, os acasos. Passando pelo shopping dos antiquários na última sexta, começaria naquela hora, o Musical Elas brilham. Esse documentário- musical foi criado para contar histórias de mulheres que quebraram preconceitos, venceram o machismo e abriram portas para a humanidade. Cenários, figurinos, repertório musical, textos…tudo incrível!!




quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Curso Xirê epistemológico


Hoje  participei de mais um encontro do Curso Xirê Epistemológico. Roda de conversa com Márcio de Jagunço, Stela Guedes Caputo e Wanderson Flor, medidas por Cristiano Sant’anna. Aprendendo muito! E o livro, super necessário para ampliar nosso repertório.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Encontro grupo de Pesquisa- Alexandra Lima

Hoje fui a UERJ participar de rodas de conversas com com autoras de livros de literatura infanto-juvenil. Um evento do Grupo de Pesquisa Eleko: histórias, culturas e experiências formativas, liderado por Alexandra Lima.


No primeiro momento, houve a Roda de conversa sobre Literatura brasileira contemporânea e literatura infanto-juvenil. mediada por Sirlene Alves, com a participação de duas professoras da educação básica do Colégio Pedro II, Silvia Barros e Valquiria Cordeiro.

No segundo momento, a roda foi mediada por Alexandra Lima e teve a participação de Juliana Correia.


Histórias de crianças pretas. Narrativas que mostram a potência da criatividade, das táticas que usam para resolução de problemas, foram alguns pontos que emergiram nas conversas.





segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Reunião Grupo de pesquisa

Nessa segunda-feira noGpdoc Rural teve teve discussão sobre o andamento das pesquisas dos mestrandos e doutorandos, com a mediação de Edméa SantosEsquecemos de registrar todos os presentes!

O encontro foi iniciado com a apresentação de Felipe Mariano sobre o andamento da pesquisa dele. O diálogo foi sobre o desenho didático do módulo que ele ficou responsável na disciplina da graduação, onde está desenvolvendo seu dispositivo de pesquisa. Edméa chamou a atenção para o desenho didático, que deve contemplar a perspectiva freireana nas atividades, incluindo no roteiro, os momentos de tematização, problematização, produção e avaliação).

Destaque para o dispositivo de pesquisa do Jones de Sousa sendo implementado no grupo, Letramento acadêmico em língua inglesa na cibercultura. Vou tentar acompanhar o dispositivo de língua inglesa a distância.

No final da manhã, houve a apresentação e discussão da pesquisa de Natália.

domingo, 14 de agosto de 2022

Musical Outras Marias

Ontem fomos ver Outras Marias. Clara Santhana apresenta narrativas sobre 7 mulheres/Marias ( Maria Padilha de Castela, Maria Quitéria, Maria Felipa de Oliveira, Maria Doze Homens, Maria Bonita, Maria navalha e Maria Mulambo) que fizeram história, mas que a história oficial invisibilizou. Na simplicidade do cenário (muito lindo!!!) e com poucos recursos cênicos, há uma riqueza/beleza e uma densidade nas suas performances. O musical é um espetáculo! Repertório variado, incuindo músicas de compositores/cantores conhecidos (Chico Buarque, Tom Jobim, etc) e canções novas. As mulheres que tocam os instrumentos são sensacionais!!!Vale a pena conferir! Amamos!!!

Fotos no meu Instagram.

sábado, 13 de agosto de 2022

Igreja messiância e racismo religioso

Não costumo fazer postagens sobre religião nas minhas redes sociais. Mas, resolvi fazer essa agora, diante do contexto de intolerância/racismo religioso que vivemos. Minha mãe, meu filho e minha nora são católicos, meu sogro e minha sogra eram evangélicos e eu e meu marido somos messiânicos. Convivemos sempre em harmonia, um respeitando o outro, inclusive, alguns transitando nas diferentes igrejas em momentos especiais. Sou messiânica há mais de 20 anos. Ontem foi dia de culto mensal, onde tive a oportunidade de conhecer a sede do RJ, em Grajaú. A igreja estava linda, com seus arranjos florais, incluindo legumes, vegetais e frutas representando o mês em que se comemora a agricultura natural, um dos pilares da igreja. Quem me conhece sabe. Ando com meu Ohikari (medalha da luz Divina), ministro Johrei, faço ikebana, tento praticar o máximo que posso a alimentação mais natural, com produtos orgânicos. Não preciso esconder nada. O que tem me incomodado é saber que os adeptos das religiões de matrizes africanas precisam esconder os símbolos de fé e de proteção, até mesmo ocultar as suas opções. É preciso mudar esse cenário!!!!

Mais fotos no meu Instagram.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Curso Rodas Xirê Epistemológico



Hoje a aula foi no Museu de Arte do Rio (MAR). Participei de um encontro do Curso Rodas Xirê Epistemológico que tem como objetivo instrumentalizar professores e professoras na aplicação da Lei 10639/03 bem como no combate ao racismo religioso que a cada dia se faz mais presente na nossa sociedade.

A formação está sendo realizada com a mediação dos autores e autoras do livro Xirê Epistemológico: roda, ancestralidade, educação, coordenada pelo organizador, o Professor Cristiano Sant’Anna. No encontro, foram discutidos os três capítulos de autoria de Cristiano Sant’anna, de Isadora Souza da Silva e o de João Victor G. Ferreira. Discussões super necessárias para as escolas. O poder da internet no combate ao racismo religioso, os feminismos e as mulheres de luta nos terreiros, a liberdade de usar os símbolos de fé e proteção do candomblé nas escolas (na mesma horizontalidade em que são usados os de outras religiões) foram pontos que emergiram na conversa. Para saber mais, acessa o perfil @xire_epistemologico

terça-feira, 9 de agosto de 2022



Há alguns dias foi publicado na Revista Roteiro o artigo que compartilho agora. Uma parceria minha com Edmea Santos e Kathia Sales, fruto de pesquisas das experiência em desenhos didáticos na pós-graduação na UFRRJ, coordenadas por Edméa Santos. Que contribua para novas práticas na docência online. 

Link de acesso.

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Na UFRRJ: Encontro GEPDOC Rural e aula na graduação




Hoje foi dia de encontro do Grupo de Pesquisa-GPDOC-Rural. Pela manhã, aprendendo com mais um dispositivo da pesquisa-formação. Agora, com o trabalho de Felipe Mariano sobre o direito a cidade-ciberespaço. Novos desenhos didáticos se materializando nas práticas pedagógicas, pesquisa orientada Edméa Santos.

A tarde, acompanhei a aula da graduação e fiz caminhada pela universidade,  conhecendo os espaços da cidade universitária. Contemplando as suas belezas, aprendendo sobre sua história. Em alguns momentos, chocada pela forma como ela foi apropriada durante muito tempo da sua existência para servir a filhos de fazendeiros, que tinham cotas de acesso, se beneficiavam por privilégios e serviços. Ao mesmo tempo, refletindo sobre a importância da universidade pública, das cotas raciais e das políticas não só de acesso, mas de permanência (vendo os alojamentos tão necessários para a população de baixa condição financeira). É preciso cada vez mais investimentos em tais políticas, e que os sujeitos-estudantes obtenham o conhecimento sobre os espaços (presenciais e virtuais) existentes nas instituições para que possam habitá-los e usufruir de seus direitos. (Ver fotos no meu Instagram).



quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Viagem para o Rio de Janeiro

 Hoje foi dia de viagem. Indo para o Rio de Janeiro, participar de atividades na UFRRJ e realizar encontros com as praticantes da pesquisa.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Fechando artigo para publicação em revista

 Hoje foi dia de trabalhar no texto sobre o Jornal de Pesquisa (JP) para publicação no livro "Práticas de Investigação na era digital" da Universidade Aberta de Portugal, fruto da palestra ministrada por mim na LE@D talk no dia 06 de julho de 2022. 

Refletindo sobre a importância do JP na minha formação, e hoje, o quanto ele contribuiu para a escrita do referido texto.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Bárbara Carine e sua aula sobre Colonialidade

 Destaco a seguir a fala de Bárbara Carine, postada em seu Instagram, sobre colonialidade.

"Aulinha sobre colonialidade do SER, do PODER e do SABER.


A colonialidade do SER modula a existência dos sujeitos. Trata-se da dimensão ontológica da colonialidade, que se afirma na violência da negação do Outro enquanto indivíduo. A colonialidade do ser decorrente do eurocentrismo moderno produz estereótipos que definem critérios de humanidade. Exemplo: a representação do humano nos livros de ciências é de um homem cis branco, que performa heteronormatividade numa estética adulta capacitista. Esse é o sujeito universal que se funda enquanto ser a partir da constituição do outro enquanto não-ser.

Já a colonialidade do PODER nos aponta para as relações de poder construídas a partir do projeto da colonização europeia nas Américas, que construiu por meio de sua articulação com a ciência ocidental, ideia de raça como instrumento de classificação hierárquica e controle social. Na colonialidade do poder, o sujeito universal por ser a máxima representação do humano e, sendo o humano o animal racional, este possui a capacidade mais desenvolvida de possuir intelecto para produzir o novo, gerir pessoas e tomar decisões, por está razão homens brancos cis ocupam massivamente todos os espaços de poder (ciência, política, mídia, empresariado, etc).

A colonialidade do SABER impõe o saber europeu e seu processo produtivo como marco referencial de conhecimento verdadeiro e o mais avançado frente a todos os outros tipos de conhecimento que são tomados como simplesmente os Outros, como inferiores, subdesenvolvidos. A filosofia moderna européia tem papel crucial na legitimação desses saberes enquanto centrais. É a colonialidade do saber que constrói a narrativa da história única e que situa o eurocentrismo como espinha dorsal dos currículos escolares brasileiros."

No final da fala, Bárbara recomenda a leitura da clássica tese de doutorado da @carneiro956 “A construção do outro como não-ser como fundamento do ser".

Disponível em:<https://www.instagram.com/reel/CgwVXVpg4j_/?utm_source=ig_web_copy_link>

Bábara Carine se manisfeta sobre o caso de racismo de Titi e Bless

Bárbara Carine se manifesta sobre o caso de racismo. Fala abaixo retirada do seu Instagram:

 "Sobre o novo caso de racismo (provavelmente já teve outro de sábado até aqui, mas vamo lá) envolvendo os filhos pretos da Gio Ewbank e do Bruno Gagliasso (as crianças Titi e Bless). Fiz até uma live destrinchando a análise ontem aqui no Instagram e informando que me sinto contemplada pelas falas diversas trazidas por muitos influencers aqui na rede. Mas como hoje cedo fui novamente demandada, decidi então fazer um reels aqui sobre o assunto:

1 - O PRIVILÉGIO BRANCO: Gio, enquanto mãe branca de crianças pretas gozou ado privilégio de fazer o que mães pretas quando fazem, não só são taxadas como loucas, raivosas, excessivas, mas que podem implicar na perda de suas liberdades e até de suas próprias vidas.

Um outro ponto importante sobre o privilégio branco é que ele garante a sua própria manutenção. Vimos o privilégio branco de uma mulher branca antirracista sendo engolido pelo privilégio branco de uma mulher branca racista, quando no dia seguinte a branca é liberada. (Sim, branco antirracista. Ao se colocar ao nosso lado você vai passar a experienciar desse senso de impunidade). É a autofagia da branquitude. Em uma dimensão da sua existência você se coloca contra o seu próprio sistema e você sofrerá os reflexos disso.

2 - AS CRIANÇAS PRETAS SÃO O QUE MENOS IMPORTA: Só se falou da atitude da mãe leoa nos últimos dias. Da mulher branca que defendeu seus filhos pretos… mas Titis e Bless de todo Brasil, vocês estão bem? O que a sociedade, a mídia, as escolas têm feito por vocês?

3 - RAÇA PRECEDE CLASSE: me formei politicamente na academia ouvindo dos colegas brancos progressistas que o classismo é basilar frente aos sistemas de opressões. Que se você e rico, se você domina os meios de produção, você não tem nem cor diante da magnitude do capital… bem, eram crianças ricas bem vestidas, em um restaurante de gente rica, passeando na Europa e mesmo assim o racismo não teve dó."

Últimos acontecimentos sobre racismo: filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

No sábado (30/07), Titi e Bless, filhos do casal de artistas Giovana Ewbank e Bruno Gagliasso, sofreram ataque racista de uma mulher branca em uma praia em Portugal. Um vídeo em que mostra a Gio defendendo seus filhos viralizou na internet. O casal esteve no Fantástico para fazer um depoimento e conversar sobre o ocorrido. Os atores, ao relatar os fatos, cita uma família de turistas angolanos que estavam no mesmo local e também foram atingidos pela ação racista da mulher. Eles refletiram sobre o privilégio de pessoas brancas e da dificuldade de pessoas pretas se defenderem, combaterem pessoas brancas. Giovana chama a atenção:

“Acho que ela nunca esperava que uma mulher branca fosse combatê-la como eu fui, daquela maneira. Eu sei que eu, como mulher branca, indo lá confrontá-la, a minha fala vai ser validada. Eu não vou sair com a louca, a raivosa, como acontece com tantas outras mães pretas, que são leoas todos os dias, assim como eu fui nesse episódio”.

Bruno apoiou a mulher, concordando com sua fala e disse, defendendo sua esposa:  “Minha mulher não agrediu, ela reagiu. Não confunda a reação do oprimido com a ação do opressor".

Várias mensagens no Instagram  e demais redes sociais de apoio a família, muitos intelectuais que estudam sobre o assunto se manifestaram.

Maju perguntou a Carla Akotirene (doutora em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismos da UFBA) se essa atenção toda seria dada se o mesmo caso tivesse ocorrido com pais pretos de crianças pretas? . Ela respondeu  que "diariamente, homens negros e mulheres negras, que são chefes de família, tentam defender seus filhos e, ainda assim, são criminalizados."

A mulher que fez o ataque racista foi presa (após Bruno chamar a polícia) e logo depois foi solta. O casal abriu um processo contra ela. Dependendo de como a corte portuguesa enquadrar, a mulher pode pegar uma pena de 6 meses a 5 anos de prisão.

Carla Akotirene fez uma postagem em seu Instagram:

"Ser preto, traduz no imaginário racista a ideia de família desestruturada.
Na cabeça do racista a gente está impedido de sorrir ou de cogitar o futuro em sua abundância. Porque o Racismo, ataca a noção de humanidade. A proteção social aberta a todas as crianças, é interditada pelo marcador de raça. Hoje, as filhes de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, crianças pretas, sofreram Racismo em Portugal, na oportunidade em que estavam ali, na companhia de uma comunidade de angolanos. 
As crianças foram chamadas de “pretos imundos”; Foram insultadas, sob pedidos de “voltem logo pra África.” O racismo é tecnologia de desumanização, exatamente por enxergar quem é o outro que não deve ser visto, tratado e recepcionado como pessoa, como criança... Meninas pretas, meninos pretos, são apenas menores de idade. Crianças são brancas!!! Pelo dia, peço às grandes mães um ebó de desagravo, um itan de lágrimas que ressoe arrancando a paz e liberdade da racista. O europeu em seu delírio de superioridade e supremacia branca, tem condições de atacar a gente em quaisquer lugar do mundo e por mais que sejamos filhos de pessoas brancas hegemônicas. Presto solidariedade."

Cris Guterres, apresentadora do Programa Estação Livre da TV Cultura e colunista de Universa, mulher negra e mãe de um filho também negro, disse ao Universa Uol, que, "ao contrário da Giovanna, nunca poderia ter uma reação tão forte frente a ataques raciais, pois o racismo estrutural não permite. Em vez de só defender seu filho, ela diz, possivelmente os dois acabariam detidos se agredissem uma pessoa branca que teve uma atitude racista com eles.... " Em seu Instagram, ela faz uma crítica as manisfestações das pessoas ao caso Titi e a desatenção a pessoas pretas e pobres que passsam pela mesma situação:

Na segunda (01/08) pela manhã, no Programa de Ana Maria Braga, enquanto se fazia uma discussão sobre o racismo sofrido por Titi e Bless, foi exibido um video de macacos. Ela se desculpiu pelo equivoco imperdoável e demitiu a pessoa responsável pelo ocorrido.

LINKS DAS FONTES:

https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2022/07/31/racismo-nao-me-permite-ter-reacao-de-giovanna-diz-colunista-de-universa.htm?cmpid=copiaecola

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/07/31/giovanna-ewbank-sobre-ataque-racista-sofrido-pelos-filhos-teria-essa-atencao-toda-se-fossemos-pais-pretos-de-criancas-pretas.ghtml 

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Reunião GPDOC Rural: Avaliação do e-Doc

 Hoje, pela manhã, tivemos uma reunião do GPDOC Rural. Acompanhei via webconferência. Foram organizadas equipes responsáveis pela produção dos anais do evento e pela prestação de contas.

Ficou decidido que eu, Leornardo Nolasco e Tania Lucia Maddalena ficaríamos responsáveis pelos anais da fruição. Foi compartilhado o template do evento Conversando com Paulo Freire, que servirá de modelo para a produção dos textos.

Além disso, conversamos sobre a necessidade ou não de submeter os projetos de pesquisa ao Comité de ética da universidade (seguindo as orientações que foram dadas na Oficina de Aline Alvernaz e Janaína Rodrigues no e-Doc). Na oficina, foi compartilhada uma pasta no drive com documentos que ajudarão nessa submissão.