Hoje foi mais um dia de encontro do Escuta Criativa mediado por Isabelle Borges e Carla Vergara. Antes de contar o ocorrido nesse dia, vou aproveitar para contar um pouco sobre a proposta do curso.
Elas trabalham com a metáfora do rio. No primeiro encontro, é feito o levantamento de como chegamos no curso - a nascente - como chegamos no percurso da criação. Pergunta de onde nascem as criações. Uma rodada onde todos falam. No segundo momento, outra rodada de conversa para saber o que cada um quer criar e trabalhar no grupo. Elas comentam as respostas e jogam questões direcionadas para cada participante do curso refletir e respondê-las. O mais legal do curso são as falas do grupo, as provocações de Isabelle e Carla.
A partir desse primeiro encontro, inicia-se o trabalho com os projetos iniciais (são os afluentes). Como são apenas 4 participantes, ficam duas pessoas/encontro. Assim, elas entram em contato com cada uma separadamente, propondo uma atividade para ser apresentada no encontro seguinte. Na semana passada, fomos eu e uma outra moça, artista. Para mim, foi solicitado a escrita da minha autobiografia, contando os movimentos da vida, sem falar do meu projeto, mostrar como eu sou, a minha história (contar quem sou eu e as várias fases da minha vida). Usando o recurso que eu quiser (fotos, imagens etc). Levantar memórias da minha infância/juventude. Essa atividade foi proposta para mim, porque estou mexendo com questões identitárias no meu projeto de escrita do livro.
Fui buscar fotos em um báu. Fiz minha mãe procurar as fotos. Organizei minhas memórias em imagens e intitulei "Autobiografia/Conversas em imagens: Nas memórias: uma viagem entre o ver e o olhar. Fiz um breve texto e apresentei junto com as imagens.
Em uma conversa com Edméa no whatsapp ( no dia 27/08), ao comentar sobre a atividade do curso, ela afirma que "Via história de vida, a escrita vem como dispositivo. A pessoa escreve sem o peso de ter que escrever . Escreve porque tá envolvida com aí e com o coletivo a partir das histórias do grupo." Inspirada na atividade, ela propõe que eu inicie meu livro assim. Quem é a autora e como ela foi se transformando até aqui.
No final da minha apresentação, foi solicitado que cada uma do grupo escrevesse uma carta para Noah - começando assim "Neto de Maristela, Maristela é..." E eu deveria escrever a carta, começando assim "Meu neto, sou Maristela..."
Voltando para o encontro de hoje, foram apresentados mais dois projetos. Para a primeira cursista, uma celebrante de casamentos, foi proposto que as demais participantes perguntassem o que em uma história de amor merece ser celebrado.Na apresentação da segunda cursista, um projeto artístico, foram propostas duas atividades: 1- fazer uma pergunta que ajude a cursista a buscar entendimento sobre seu processo e a segunda foi propor algo que ajude-a na buscad e resposta para suas inquietações, para as amarras que impendem a sua criação.