Hoje a tarde foi dia de mais um encontro da disciplina Produção de conhecimento na contemporaneidade da Pós-graduação na UFRRJ, com a mediação da professora Edméa Santos. Como estou na Bahia, assisti a aula via webconferência. Nesse dia, a transmissão estava muito ruim, devido a qualidade da conexão da UFRRJ.
Foram discutidos os capítulos 2 e 3 do livro A Pesquisa como heurísitca, ato de currículo e formação universitária de Roberto Sidnei, articulando-os com os capitulos 1 e 11 do livro O fim do Império cognitivo de Boaventiura Sousa Santos. Destaco momentos e pontos importantes que emergiram durante a aula
1- as características das metodologias pós-abissais, considerando os princípios da cibercultura, entre elas: a ecologia de saberes, a colaboração, a hipertextualidade e a interatividade;
2- As pesquisas pós-abissais para além das denúncias, das críticas, aciona as práticas dos praticantes, faz emergir a ecologia de saberes;
3- Edméa compartilhou com o grupo uma dinâmica realizada em uma aula de uma disciplina da graduação, para que os estudantes se apresentassem, utilizando um espelho, como artefato cultural como disparador, onde cada um deveria se expressar sobre a imagem que foi relfetida para ele ou ela. Técnica de escrita aberta utilizada no lugar de um questionário fechado. Convidou as pessoas presentes na aula para refletir sobre a dinâmica, comparando as possibilidades da técnica utilizada e um questionário fechado em relação a uma pesquisa qualitativa;
4- Após a conversa introdutória que levou a discussão sobre a importância da itinerância do pesquisador e a implicação com seu constructo de pesquisa, continuou com a discussão dos capitulos do livro de Roberto Sidnei, destacando alguns pontos: projeto como aventura pensada, a importância do título da pesquisa, etc.
Solicitou que os presentes destacassem o que foi mais forte para cada um, o que lhes tocou. A partir do que emergiu, Edméa pontua: a entrada no campo - a necessidade do planejamento (elaborar a narrativa de preparação, inserindo como, com quem...), narrando a experiência no diário de pesquisa, a exemplo do meu Jornal de Pesquisa; metodologia da escrita da tese não é quadro teórico. É a narrativa do que se viveu com a pesquisa, narrando o que deu certo, as errâncias, como, porquê, o que deu certo, a virada epistemológica, como os modos dos dispositivos da pesquisa transformou o pesquisador; o constructo conecta o sujeito com o objeto, a cultura, as pessoas; as palavras possuem política de sentido, agregamos valor epistemológico a elas; o pesquisador precisa apresentar a potencialidade da pesquisa, o que tem de lacuna, através da problemática; os achados da pesquisa deve ser apresentados um em cada capítulo e no último capítulo apresentar indicadores.
Para a próxima aula, que terá como tema A produção de dados em movimento, propôs a leitura do livro Caminhar na Educação: narrativas de aprendizagens, pesquisa e formação.