quarta-feira, 11 de maio de 2022

Visita a Escola Maria Felipa




Visita em Salvador, a Escolinha Maria Felipa, a primeira escola de educação afro-brasileira, trilíngue (português, inglês e libras). O seu nome foi escolhido para fazer referência a uma mulher, símbolo de luta e liderança nas questões relacionadas a ancestralidade africana. Foi criada em 2019 por Bárbara Carine, @uma_intelectual_diferentona, idealizadora e consultora.

O currículo da instituição toma como fundantes, no seu projeto político-pedagógico, 4 palavras/conceitos: afrocentrada, afro-brasileira, decolonial e antirracista. Na sua organização didática, cada turma é nomeada por um reino/império africano, os quais subsidiam os estudos dos grupos, a saber: Império Inca, Reino Daomé, Império Maia, Império Ashanti e Reino de Mali. Trabalha com a pedagogia de projetos afrocentrada, buscando a emancipação e o letramento racial de professores e estudantes. Organiza Feiras intituladas Afrotech, tomando como inspiração o livro História Preta das coisas. O seu calendário é decolonial, diferenciado (ver foto). No dia em que se comemora, tradicionalmente, o Descobrimento do Brasil, lá se comemora o Dia dos povos originários. Sem desconsiderar a BNCC, cria seus próprios conteúdos e materiais pedagógicos.
A instituição realiza uma formação permanente, intitulada AfroEducativa – Formações Pedagógicas Maria Felipa. Momentos que já contaram com a participação de Nilma Lino Gomes, Sidnei Nogueira, entre outros.
Fiquei encantada com a proposta da escola, seu pioneirismo e inovação. Espalhadas por uma de suas paredes, palavras que podem “sulear” um currículo.

Links de consulta:


Nenhum comentário:

Postar um comentário