Espaço destinado para registro e discussão dos das minhas redes da criação da pesquisa a partir do meu Pós-doc na UFRRJ (desde 05 de março de 2022), sob a supervisão da professora Edméa Santos. Aqui deixarei todas as minhas implicações, aprendizagens, descobertas, "andaimes", saberes, sabores e "os cacos" que juntarei no final de um período de itinerância de investigação, podendo continuar após esse momento.
quinta-feira, 30 de junho de 2022
quarta-feira, 29 de junho de 2022
Oficina de Literacia científica -UAB-PT
Participando da Oficina de Literacia científica, mediada pelo professor Antonio Quintas Mendes. Conhecemos vários aplicativos para organização do conhecimento. Entre eles, o Obsidian e o RemNote. Não é só colecionarmos informações, mas fazer conexões com as ideias, emergindo novas ideias. Utéis para o trabalho com diários, notas diárias, registros, anotações. Obsidian é uma interface que trabalha com arquivos, dados locais, no nosso computador pessoal. Enquanto a RemNote é uma interface conectada a web, os dados ficam nas nuvens. Apresentou também algumas interfaces de interação social, como o Notion (https://www.notion.so/pt-br).
Conferência Pesquisa-formação na pós-graduação : produção e análise de dados na cibercultura na UAB-PT
Aconteceu no dia 28/06 a Conferência de Edméa Santos, intitulada “Pesquisa-formação na pós-graduação : produção e análise de dados na cibercultura” para estudantes e docentes do Mpel/UAB de Portugal. A coordenação dos trabalhos foi da professora Lina Morgado. Além da potência da fala de Edméa e das interações com os participantes para as pesquisas na cibercultura, uma oportunidade para conhecer presencialmente e dialogar com pares, professores-pesquisadores, como @fernandacamposeduc
terça-feira, 28 de junho de 2022
Visita técnica a UAB-Portugal
Visita técnica na Universidade Aberta de Portugal em Lisboa: conhecendo o Laboratório de Educação a distância e e-learning, acompanhada por professores (Lina Morgado, Antonio Mendes Quintas e Alda Pereira) e tutores; conversa com professores-pesquisadores e discussão sobre divulgação e difusão científica. Atividades significativas para a internacionalização na educação superior, no tocante a parcerias das universidades, assim como na formação de pesquisadores. Tais relevâncias podem ser constatadas em um dos comentários da professora Edméa Santos na minha mensagem postada no Instagram sobre os ocorridos:
Ao reconhecer a importância das referidas ações, a professora destaca os desafios que estão postos para a existência/concretização dessas práticas com uma certa frequência:
Das ressonâncias das conversas, destaco as trocas nos relatos das experiências das publicações nas revistas (da GPDoc e do LEAD), além de, junto com Edméa, a intenção de um aprofundamento e produção de um artigo sobre a ética das pesquisas nas redes sociais (o que está relacionado diretamente com a minha pesquisa, que estuda as publicações das professoras-pesquisadoras feministas/ativistas no Instagram).
sexta-feira, 24 de junho de 2022
7th World Curriculum Studies Conference of the IAACS: registros
Alguns registros do 7th World Curriculum Studies Conference of the IAACS que aconteceu entre os dias 20 e 22/06 na Universidade do Minho em Braga-Portugal. Na fotos - Conferência de William F. Pinar (University of British Columbia, Canada) - The Post-Pandemic Project of Internationalization: Curriculum Studies in an Era of Technologization-Presentism-Narcissism; Conferência de Elizabeth Macedo (UERJ) - The curriculum as translation practice; Mesa sobre Currículo e tecnologia com Edmea Santos, Bento Silva e @Beth Almeida e Mesa sobre Currículo, culturas e estudos pós-coloniais, composta por Stela Guedes Caputo e Paulo Marinho e Conferência de Teresa Strong Wilson, intitulada From Implicated to Concerned Subjects—Before, and After, COVID-19. Detalhes da programação no site do evento: https://iaacs2022conference.pt/program/scientific-program
quarta-feira, 15 de junho de 2022
Colorismo: um diálogo com os dados
Hoje, lendo o livro Colorismo, da série Feminismos Plurais, fiz um link com a proposta da Escolinha Maria Felipa (que tem a Bárbara Carine como sócia e consultora), quando a autora sinaliza que "a primeira forma pela qual o colorismo afeta negros claros é criando essas barreiras ideológicas no interesse natural que todo ser humano tem por compreender suas origens" (DEVULSKY, 2021, p. 27). Assim, currículos como o exemplo da escola citada contribuem para valorização da negritude e aceitação de sua identidade. Alessandra alerta que "crianças que crescem em meio a um ambiente escolar e familiar estruturado em princípios de inferioridade da cultura africana e de invisibilização dos heróis e heroínas da resistência contra a escravidão não poderiam se desenvolver valorizando sua negritude". Segue afirmando que:
"Na medida em que desconstruímos os fundamentos falaciosos do racismo baseados no absoluto desconhecimento da grandiosidade das civilizações africanas e a partir dos incontáveis exemplos de heroísmo dos movimentos de resistência negra organizada contra a escravidão, o racismo e, recentemente, contra a ditadura, crianças e adultos estarão aptos a ser reconhecer no amplo espectro de negritudes existentes na África e na diáspora". (DEVULSKY, 2021, p. 28)
Link interessante: Não dá para enfrentar o racismo sem discutir colorismo, diz autora
terça-feira, 14 de junho de 2022
Live com Edméa Santos
Hoje foi dia de aprender a fazer lives no instagram. Pela manhã, para fazer o teste, contei com o auxílio luxuoso de Edmea e de Bárbara, uma estduante querida da UFSB.
A live aconteceu a noite. Para disparar a conversa, apresentei brevemente a minha pesquisa, para situar os que estavam nos acompanhando.
Para disparar a conversa, propus as seguintes questões:
1. Quem é Edméa Santos? Como vc se descreve para além do Lattes?
2. Como cria seu (s) conteúdos? Que referenciais? Que práticas? Como seleciona as informações? Critérios para composição dos textos e compartilhamento das imagens e narrativas? Como se dá o processo de criação de suas obras? De onde vêm as ideias?
3. Quais são os móbeis (para os conteúdos dos livros, postagens nas redes sociais…)?
- Relação temas/educação (ressonâncias das
pesquisas no trabalho pedagógico Necessidades de formação dos sujeitos
contemporâneos).
segunda-feira, 13 de junho de 2022
Absurdos diários: a mulher preta sempre colocada na posição de serva
Uma situação de racismo vivenciada pela cozinheira Cilene (moradora da Cidade Deus), no Programa É de Casa da TV Globo no sábado.
Ela ensinou o preparo de uma cocada que faz sucesso na comunidade onde ela vive. Em seguida, a apresentadora Thalita Morete (branca) em vez de servir aos convidados, entregou os doces para a senhora e disse para que ela servisse a todos os presentes.
Hoje o caso repercutiu nas redes sociais, com vários debates.
Eu me desliguei um pouco hoje do plantão. Só vi hoje a noite, quando fui marcada por Edméa na postagem de Bárbara Carine.
Deixei uma mensagem lá no postagem de Bárbara, me juntando a todas as pessoas que estão se solidarizando com Cilene.
Em conversa com Edméa no whatsapp, expressei o quanto fui afetada pelo caso (não tem como naturalizar, mesmo sendo acontecimentos cotidianos). Ela me respondeu:
"Fique abalada não. Fique indignada e animada para a crítica . Aqui é exemplo de “currículo oculto “ para muita gente. Branquitude quando escorrega, escorrega mesmo. São muitas as formas de manifestação."
Essa fala da minha supervisora e praticante da pesquisa, parceira no trabalho do meu pós-doc, só me mostra que estou no caminho certo, o quanto é necessário mais e mais pesquisas/ações que contribuam para a luta contra o racismo.
Reunião Grupo GPdoc
Hoje foi dia de encontro com o grupo.
No primeiro momento, a apresentação e discussão do texto para a banca de qualificação de doutorado de Janaína Rodrigues.
No segundo momento foi apresentada proposta do E-doc que acontecerá no final de julho.
sexta-feira, 10 de junho de 2022
Os dados da pesquisa e o diálogo com a teoria
Hoje, o acompanhamento do movimento das praticantes culturais no Instagram, ao pensar na necessidade da luta antirracista nas escolas e nas universidades, me levou a rever dois livros:
O primeiro foi Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade de bell hooks, onde a autora nos ensina o que é de fato o educar para a liberdade, onde temos o desafio de mudar o modo como todos pensam sobre os processos pedagógicos. hooks afirma que isso vale especialmente para os alunos e que antes de envolvê-los numa discussão de ideias recíprocas, é preciso ensinar-lhes o processo. (hooks, 2017, p. 193). Ao longo dos capítulos, ela vai nos dando dicas de metodologias.
O segundo livro, foi Racismo estrutural de Silvio Almeida, em que o autor traz reflexões acerca das noções de raça e racismo. Convida a todos e todas para uma luta por igualdade racial.
Ver conversa: RACISMO ESTRUTURAL - DJAMILA RIBEIRO E SILVIO ALMEIDA
quarta-feira, 8 de junho de 2022
Cerimônia de abertura do Projeto de ensino híbrido para a rede Cuni
Hoje foi o dia do lançamento do projeto de ensino híbrido para a rede de Colégios Universitários da UFSB. Apesar de estar de licença para o pós-doc, não podia rejeitar o convite de fazer a mediação desse momento. Sei da importância desses colégios para a formação dos sujeitos, estudantes trabalhadores, que moram nos municípios dos arredores dos campi-sedes da UFSB, pois não precisam se deslocar de seus locais de origem para ter acesso a universidade. Nesse contexto, vejo a potência das tecnologias digitais em rede.
Milena Magalhães foi a mestre de cerimônia. Fez uma fala inicial, em seguida foi Francesco. Valeska fez uma breve fala sobre a produtora que está responsável pela produção do material. Gabriela Rodella apresentou a proposta e a equipe. Por fim, foi proferia por Edméa a conferência O ensino híbrido na educação superior, mediada por mim.
O que vc entende sobre ensino híbrido? Quais as diferenças, pontos em comuns com a EAD, Educação online, ensino remoto ou qualquer outra modalidade de educação mediada por tecnologias digitais em rede?
O que a Cibercultura, a cultura contemporânea, pode nos apontar como princípios/concepções/práticas/conteúdos para se pensar o processo de ensino e aprendizagem?
Quais são os desafios postos para docentes e estudantes?
Enfim, o que vc deixa como potencialidades para a comunidade UFSB?
Disponível em: https://youtu.be/MqnsIMCjVQ8
segunda-feira, 6 de junho de 2022
Dialogando com os dados construídos: o empoderamento
Refletindo sobre os dados que venho construindo para analisar as redes de criação das praticantes culturais que me acompanham/que eu acompanho na pesquisa, me deparei com a noção de empoderamento, em dois sentidos: o empoderamento das crianças, jovens e adultos de modo geral e o empoderamento das mulheres negras. O primeiro diz respeito ao trabalho que as professoras fazem nas escolas da educação básica e nas universidades, o segundo quando elas tratam mais especificamente do feminismo negro, seja nas ações referentes a sua própria vida pessoal, quanto na luta pelo empoderamento das mulheres pretas.
Nesse momento, estou lendo o livro Empoderamento de Joice Berth, onde a autora reflete e discorre sobre os processos de empoderamento, elucida exatamente de que poder ela fala e aponta as dimensões que envolvem tal processo. Assim, ela afirma que:
"Quando assumimos que estamos dando poder, em verdade estamos falando na condução articulada de indivíduos e grupos por diversos estágios de autoafirmação, autovalorização, autorreconhecimento e autoafirmação tanto de si mesmo quanto de suas mais variadas habilidades humanas, de sua história e, principalmente, de um entendimento quanto a sua posição social e política e, por sua vez, um estado psicológico perceptivo do que se passa ao seu redor. Seria estimular em algum nível, a autoaceitação de características culturais e estéticas herdadas pela ancestralidade que lhe é inerente, para que possa, devidamente munido de informações e novas percepções críticas sobre si mesmo e sobre o mundo em volta, e ainda de suas habilidades e características culturais e estéticas herdadas pela ancestralidade que lhe é inerente, para que possa, devidamente munido de informações e novas percepções críticas sobre si mesmo e sobre o mundo em volta, e ainda de suas habilidades próprias, criar ou descobrir em si ferramentas ou poderes de atuação no meio em que vive e em prol da coletividade". (BERTH, 2020, p. 21)
Berth diz que esta é a síntese do poder a ser desenvolvido no processo de empoderamento ressignificado pelas diversas teorias do feminismo negro e interseccional. Vamos tratar sobre esse ponto em outras postagens.
Referências:
BERTH, Joice. Empoderamento. São Paulo: Jandaíra, 2020.
domingo, 5 de junho de 2022
Nascimento do meu neto
Não dá para separar vida pessoal pessoal da vida acadêmica e profissional. É tudo junto e misturado. Nesse final de semana, não consegui produzir muita coisa no meu trabalho de pesquisa.
Desde sexta-feira, muito apreensiva, com minha nora em trabalho de parto em Dublin. A bolsa rompeu na sexta a noite. Foi ao hospital e eles mandaram de volta para casa, esperar o aumento das contrações. Retornaram para o hospital no sábado e só teve o bebê hoje pela manhã. Lá é tudo diferente daqui do Brasil. Mas, graças a Deus correu tudo bem (apesar das dores que Thay sentiu). Ela só queria normal e conseguiu (pela demora, já iam fazer a cesariana). A vovozinha está muitoo feliz!!!
sexta-feira, 3 de junho de 2022
Reflexões sobre a itinerância da pesquisa como experiência formativa
Hoje,
refletindo sobre o que venho fazendo e os métodos que estou utilizando na minha
pesquisa, o meu pensamento me levou para a releitura de dois livros do
professor Roberto Sidnei Macedo (Pesquisar a experiência: compreender/mediar
saberes experienciais e Compreender/mediar a formação: o fundante da educação),
pois questionei: o que estou pesquisando/compreendendo senão as experiências
vividas por mim e pelas praticantes culturais, escolhidas por mim para ser
parceiras nessa aventura pensada?
Como
afirma Macedo( 2015, p. 17), é fundamental
para pesquisa da/com a experiência “a formação de uma atitude de pesquisa
advinda de um certo analisador epistemológico fundado na pluralidade dos aportes
e dos etnométodos com os quais, nos seus encontros, os saberes da pesquisa são
criados”.
Estou
buscando refletir sobre a complexidade do vivido/das nossas experiências e os
saberes que emergem delas, com o propósito de compreendê-los em profundidade,
de maneira mais ampliada e relacional com/nos processos criativos.
Gostaria
de ressaltar que “a experiência é fonte inesgotável de sentidos e implicação,
isto é, conteúdos existenciais, sociais, culturais e eróticos que nos
referenciam, orientam, dá potência, nutre e sustentam as nossas escolhas, que
nos movem para nossos objetivos e nossos processos criativos” (MACEDO, 2012;2015). Em relação ao que me move, que me dá sentido,
que me implica na pesquisa, já tratei em parte na página que falo sobre meus dilemase mudanças na itinerância da minha investigação. Meu projeto de pós-doc nada
mais é que um projeto de vida e um projeto sociocultural. Em relação ao
primeiro, é mexe com minhas questões identitárias, quanto ao segundo é um luta/militância
por vida melhores para pessoas pretas. Quero muito poder contribuir para o
processo formativo de meus alunos e alunas, professores e professoras em
formação.
Conforme
o autor citado, a experiência está na base e no movimento das epistemologias experienciais
e militantes, com outros modos de criação de saberes. Sobre as epistemologias experienciais,
Macedo apresenta, como uma de suas características, o interesse pelos saberes
multirreferenciados, valorando a experiência para além do que as tradições
científicas e acadêmicas estabeleceram e hierarquizam como válidos, pois o que
busca o analisador epistemológico nessa abordagem é “compreender os etnométodos
pelos quais todos os atores [autores
(inserção minha)] para todos fins práticos, interpretam e organizam suas
realidades e acabam construindo suas “ordens sociais”. Em relação às
epistemologias militantes, o autor nos diz que “essas tomam os saberes experienciais
como base e, dentro deles, propõem e constroem investigações implicadas,
engajadas”.
Vejo
na etnopesquisa (MACEDO) e na pesquisa-formação na cibercultura (SANTOS),
pressupostos epistemológicos, bases teóricas e dispositivos de pesquisa que permitem
não só perceber a experiência (da pesquisadora e das praticantes culturais) nos
seus movimentos singulares e singularizantes.
quinta-feira, 2 de junho de 2022
2 de junho: 2 anos da morte de Miguel
Hoje, 02 de junho de 2022, me deparei na rede com o caso Caso Miguel.
"Uma ponte do Recife recebe faixa com pedido de justiça no dia em que morte do menino completa 2 anos
Ato foi realizado nesta quinta-feira (2), dois dias após Sari Corte Real, ex-patroa da mãe da criança, ser condenada a oito anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte." (G1)
Me lembrou a ENTREVISTA dada por adriana calcanhoto que com "Dor e revolta, fala da música que fez para Miguel
Morte de Miguel Otávio, 05 anos, que caiu do 9º andar de um prédio de luxo no Recife abalou a cantora que se viu na obrigação de escrever
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Joice Berth em Bem Juntinhos
Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert debatem como os corpos se posicionam na sociedade e como transformar os diferentes corpos em potência, junto de Claudia Ohana, Joice Berth e Léo Jaime.