sábado, 30 de julho de 2022

Ainda o e-Doc

Ontem, continuei ligada no e-Doc. Pela manhã, assisti a conferência de Marco Silva.


Infelizmente, a transmissão estava muito ruim. Após a conferência de Marco Silva, aconteceu a mesa redonda "Educação, tecnologias digitais e cibercultura na UERJ


A mesa redonda intitulada "Divulgação científica na pandemia":

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Participação no e-Doc: Oficina sobre PROCEDIMENTOS ÉTICOS NAS PESQUISAS ONLINE

Hoje, participei da Oficina do EIXO 1: EDUCAÇÃO ONLINE: PROCEDIMENTOS ÉTICOS NAS PESQUISAS ONLINE: a Plataforma Brasil e os Comitês de Ética em pesquisa científica, ministrada por Aline Alvernaz – UFRRJ/PPGEduc Janaina Rodrigues – UFRRJ/PPGEduc.

Ementa 

Esta proposta de Oficina centra-se nos aspectos éticos envolvidos na pesquisa com seres humanos com o enfoque na modalidade online. Inclui a discussão de valores éticos e boas práticas em pesquisa, bem como o entendimento de diretrizes e normas vigentes, desde os documentos necessários para a construção do projeto, bem como a sua submissão para avaliação do Comitê de ética na pesquisa na Plataforma Brasil. 

Objetivo(s) 

*Identificar os principais aspectos éticas nas pesquisas com seres humanos na modalidade online e suas estratégias; *Conhecer os documentos referentes aos procedimentos éticos nas pesquisas com humanos; *Operar com a Plataforma Brasil e os processos de submissão para análise dos projetos de pesquisa pelos Comitês de ética 

Metodologia/avaliação: A avaliação dar-se-á de maneira processual e construída com base nas interações e experimentações dos participantes na construção da oficina. 

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Diário Oficial da União, 12 dez. 2012. 

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 510, de 07 de abril de 2016, que trata das especificidades éticas das pesquisas nas ciências humanas e sociais e de outras que utilizam metodologias próprias dessas áreas. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 580, de 22 de março de 2018, que trata dos aspectos éticos das pesquisas com seres humanos em instituições do SUS.

DINIZ, Debora. Ética na pesquisa em ciências humanas: novos desafios. Ciênc. Saúde Coletiva [online]. 2008, vol.13, n.2, pp.417-426.

 Minayo, Maria Cecília. Disputas científicas que transbordam para o campo da Ética em pesquisa: entrevista com Maria Cecília de Souza Minayo. Ciênc. Saúde Coletiva. 2015, vol.20, no.9, pp. 2693-2696. 

KOTTOW, Miguel. História da ética em pesquisa com seres humanos. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, [S.l.], v. 2, dec. 2008. ISSN 1981-6278. Disponível em: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/863. 


quarta-feira, 27 de julho de 2022

Participação no e-Doc: Oficina de video

Hoje, participei da ofina Produção de vídeos no contexto da cibercultura, de 08:00 às 10:00, ministrada por Lilian Morgana Alves Silva – UERJ/FEBF Rebeca Brandão – UERJ Yasmin do Nascimento Viana– UERJ/FEBF.

Ementa 

A partir da experiência das mediadoras na produção e moderação de vídeos institucionais para uma rede pública do estado do Rio de Janeiro e suas pesquisas nas áreas de Cibercultura e Redes Educativas, essa oficina propôs a reflexão sobre a potencialidade desse gênero midiático em suas múltiplas linguagens e possibilidades estéticas, através da criação de roteiros que possibilitem a construção de redes educativas e a co-criação de ambiências formativas no espaço informacional. 

Objetivo(s)
Refletir sobre as potencialidades da produção de vídeos na construção de ambiências formativas no contexto da cibercultura; Conhecer a estrutura básica de um roteiro para um vídeo formativo; Articular narrativa, imagem, sons na produção de vídeos com conteúdos pedagógicos; Refletir sobre a produção de vídeos, as redes educativas e suas possibilidades na construção de ambiências formativas no contexto da cibercultura; Estruturar um desenho formativo a partir da produção de vídeos.

Metodologia/avaliação 

Foi proposto aos participantes uma roda de conversa, na qual as mediadoras apresentaram trechos de vídeos e imagens selecionadas, possibilitando a discussão e reflexão coletiva sobre a produção de vídeos no contexto da Cibercultura. A seguir, foi apresentada uma possibilidade de roteirização e, a partir do tema escolhido pelo grupo, foram elencadas possibilidades de construção de desenho formativo interativo. A avaliação da oficina foi uma construção coletiva do roteiro e do percurso formativo.

 Referências 

ALVES, Nilda. Redes Educativas 'dentrofora' das escolas, exemplificadas pela formação de professores. In: Lucíola Santos; Ângela Dalben; Júlio Diniz, Leiva Leal. (Org.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: Currículo, Ensino de Educação Física, Ensino de Geografia, Ensino de História, Escola, Família e Comunidade. 66ed.Belo Horizonte/MG: Autêntica, 2010, v. 1, p. 1-49.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano - vol. 1 - artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998. 

DE CASTRO, Luiz Henrique Monteiro; SANTOS, Rosemary dos. Ambiências formativas em tempos de novas educações: o que aprendemosensinamos com a pandemia. In Revista Interinstitucioinal Artes de Educar. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/52284 > 

MACHADO, Arlindo. O Sujeito na tela: modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2007. 

SANTOS, Edméa. Pesquisa-formação na cibercultura. Teresina: EDUFPI, 2019.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Bárbara Carine hoje falando sobre as cotas raciais para pessoas brancas pobres

 Ao ser questionada sobre a postagem feita no domingo sobre a necessidade de cotas raciais para negros, ela postou hoje um novo video falando sobre cotas raciais para pessoas brancas negras, ressaltando que:

"[...] não há nenhuma desconsideração aqui do classismo como uma opressão social que atinge todas as pessoas pobres, inclusive as brancas. Contudo, em uma sociedade estruturalmente racista, classista e sexista não dá pra abrir mão de uma análise conjuntural interseccional. É preciso sobrepor essas leituras e compreender que, enquanto pessoas negras, infelizmente, seguimos na base dos sistemas de opressões e ainda necessitamos de políticas públicas específicas que compreendam os limitadores sociais da nossa existência ainda hoje."






Segundo dia do e-Doc

Programação de hoje:

Pela manhã. Diversas oficinas. Estou participando da OFICINA - EIXO 4: ESCOLA BÁSICA: LER, COMPREENDER E PRODUZIR COM AS MÍDIAS NA ESCOLA, das 08:00 às 10:00 h.

A tarde: PAINEL - EIXO 3: HIPERARTESANIAS DOCENTES E HIPERESCRITAS DE SI, das  14:00 - 17:00.

A noite, as conferências:


Bora!!! Se inscreve no site http://e-doc.pro.br/home



segunda-feira, 25 de julho de 2022

Dia da mulher negra, latina e caribenha

Hoje se comemora o dia da mulher negra, latina e caribenha. Várias matérias na midia:

1- CNN no Plural: Dia da Mulher Negra destaca luta por reconhecimento

2- Dia da Mulher Negra: PhD diz que precisou 'embranquecer' para ascender em ambiente acadêmico: 'Um lugar de solidão'. A reportagem do g1 ouviu três histórias em Campinas que destacam lutas e resistência.


O foco foi sobre a importância da data e a realidade da mulher negra no Brasil.

Por que 25 de julho é o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha? - Veja no Estação Livre.

O Jornal da Cultura terminou hoje com o clipe da música Banho de folhas de Luedji Luna.

Para finalizar o dia, o Papo de Segunda com Conceição Evaristo. O foco foi sobre furar a bolha e lidar com dores que não são nossas, discutiu o conceito e as práticas de escrevivências e os professores que marcaram as nossas vidas.



Acontecendo o IV e-Doc

 Iniciou hoje de manhã o IV Encontro Internacional Docência e Cibercultura (e-Doc), que "surge com o incentivo de tecer uma rede mais ampla no debate contemporâneo da docência na cibercultura. Desta forma, a proposta se amplia sobremaneira integrando grupos de pesquisa de referência nos estudos e das pesquisas no campo da Cibercultura, incluindo a participação ativa numa integração multi programas de pós-graduação: PPGEDUC/UFRRJ, PROPED/UERJ, PPGECC/FEBF, PPGEB/CAp-UERJ, PPGI/UNIRIO e PGL/UERJ."

VER TODAS AS INFORMAÇÕES NO SITE: http://e-doc.pro.br/home

Hoje, as atividades serão presenciais na UFRRJ, transmitidas via webconferência. Acontecendo agora a mesa de abertura:


Programação do dia:



TARDE


domingo, 24 de julho de 2022

Acompanhando Edméa Santos: interesses por religiões de matriz africana

 No seu Instagram, Edméa santos, vêm demonstrando seus interesses por religiões de matriz africana e se junta a luta pela intolerência religiosa. Compartilha eventos e publicações sobre o tema. Um dos últimos post dela foi a divulgação do livro:


Disponível em: <https://www.instagram.com/reel/CgXrTa5pduF/?utm_source=ig_web_copy_link> 


Bárbara Carine sobre cotas raciais: de hoje

 Hoje, em uma publicação no seu Instagram, Bárbara Carine ao responder a um questionamento do @Podpenetra, ela faz uma crítica sobre o debate que coloca as cotas no patamar da cognição. Assim, diz ela:

"[...] não é sobre ser inteligente ou ser burro. É sobre um acúmulo histórico de conhecimento que a gente não tem acesso muitas vezes nos espaços educacionais que a gente transita pela deficiência mesmo ou pelas condições de sobrevivência. prioridade não é estudar, é existir. Não é de ordem de intelecto do sujeito. Então, não é uma questão pontual. Quem vai pensar em estudar se está com fome. Não é prioridade. A sobrevivência se coloca fundamental na nossa vida. É uma questão de ordem coletiva relacionada aos direitos e as políticas públicas que atingem o coletivo, no sentido de reverter esse histórico. Então a questão das cotas raciais é para reparar os anos históricos."

 Mais adiante, dando como exemplo o caso dela quando estudante, descreve as suas dificuldades para se manter na faculdade, pois não tinha dinheiro, nem para uma alimentação adequada, nem para o transporte, afirma que: "Não é só garatir oa cesso, é preciso garantir a permanência".

Disponível em:< https://www.instagram.com/reel/CgZTLYngpOX/?utm_source=ig_web_copy_link>


sexta-feira, 22 de julho de 2022

Acompanhando as praticantes culturais: Alexandra Lima

No mês de julho, em seu Instagram, Alexandra Lima compartilhou seus artigos mais recentes, participações de bancas de suas orientandas e de  lives. Em uma das suas publicações, há indicações dos filmes abaixo:



Na legenda, Ale coloca um trecho da música Dedo na ferida de Emicida:

Não somos “tipos suspeitos”
“Foda-se vocês, foda-se suas leis!
Scratchs (a furia negra ressuscita outra vez)
Foda-se vocês, foda-se suas leis!
Scratchs (anota meu recado)
Foda-se vocês, foda-se suas leis!
Scratchs (primeiro eu quero que se foda)
Renan Samam, Emicida, o rap ainda é o dedo na ferida”

Em um post, anterior a esse, em 07 de maio de 2022, Ale ao disponibilizar o filme Get Out, deixa a legenda abaixo:



A fala de Ale sinaliza os seus móbeis de pesquisa, prática pedagógica e escrita de livros.


quarta-feira, 20 de julho de 2022

De olho no GNT: Bem Juntinhos e Saia Justa

Na semana marcada pelo Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, dois programas do GNT convidou mulheres negras para discutir sobre diferentes assuntos (indo além do racismo).



Fernanda e Rodrigo recebem a atriz Pathy Dejesus, a comunicadora digital Andressa Reis e o pediatra Daniel Becker para navegarem juntos pelas águas fofas e intensas da infância.




O Saia convidou a jornalista, escritora e influenciadora Maíra Azevedo para o debate, a partir das seguintes questões provocadoras: afinal, a gente precisa ter sempre uma opinião formada sobre tudo? Pessoas negras têm de se posicionar SEMPRE sobre casos de racismo? Mulheres têm de se manifestar sempre contra casos de machismo?


Não podia deixar de registrar esses acontecimentos! O nosso sonho vai se concretizando aos poucos! Ainda falta muito!!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Acontece amanhã: Roda de Conversa

 


Como os crimes raciais acontecem no Brasil: tema de destaque no Fantástico

De olho na midia, pois não temos um dia de sossego. Sempre com o olhar atento as imagens, ouvindo as informações ao mesmo tempo buscando os sentidos de tudo que acontece relacionado ao racismo no nosso cotidiano. Ontem, o Programa Fantástico (da Rede Globo) fez um um levantamento sobre crimes raciais.  Foram analisados mais de 100 boletins de ocorrência registrados em 2021 e 2022 em todas as regiões do Brasil. Segundo a reportagem, números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que foram registradas quase 20 mil denúncias de crimes raciais no Brasil em 2021. Em média, mais de 50 casos por diaEntre as vítimas estão pessoas de várias faixas etárias (crianças, jovens, adultos e idosos). Os ataques acontecem em diferentes espaçostempos (na escola, no trabalho, no comércio, na vizinhança). E além desses e de outros locais, a matéria chamou a atenção que, atualmente, em decorrência das possibilidades da internet, é cada vez mais comum o agressor ficar no anonimato, se aproveitando dos diferentes sites/redes sociais no ciberespaço.

Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/07/17/levantamento-exclusivo-do-fantastico-explica-como-os-crimes-raciais-acontecem-no-brasil.ghtml 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Preparação para o e-Doc: refletindo sobre o JP e o conhecimento de si

Refletindo sobre minha fala para o e-Doc, fiz uma nova leitura no livro O diário de pesquisa: o estudante universitário e seu processo formativo. Cada leitura de um mesmo texto, novas descobertas. Dessa vez, meu olhar voltou-se para a importância da escrita do JP "como instrumento de conhecimento de si por parte do sujeito observador, já que a presença deste interfere nos resultados da investigação. Precisamos avançar nesse procedimento de ver a nós mesmos, enquanto olhamos nossos objetos de interesse e de interrogação" (BARBOSA e HESS, 2010, p. 33). O que os autores nos chamam a atenção é que tão importante quanto nosso conhecimento sobre  sobre o mundo exterior é olhar-se para si, é avançar no conhecimento sobre si mesmo, o que está ligado diretamente com o sentido de implicações.

Para os referidos autores, "nossas implicações  são nossas "armações internas" que não aparecem como pronto se apresente da forma que se apresenta" (BARBOSA e HESS, 2010, p. 36). Incorpora a essa conversa o conceito de Jaques Ardoino, "[...] a implicação está diretamente ligada à autorização enquanto capacidade de autorizar-se, de fazer-se a si mesmo, ao menos, co-autor do que será produzido socialmente. Se o ato é sempre, mais ou menos, explicitamente, portador de sentido, o autor é fonte e produtor de sentido" (ARDOINO, 1993, P. 122, Apud BARBOSA e HESS, 2010, p. 36). 

Assim, nos ensina que o JP não é para esconder nossas imperfeições, nossos medos e dilemas, pelo contrário, é para através dele aprender a expor e lidar com nossas implicações, um reolhar sobre si, sendo o que produzimos uma extensão nossa e vice-versa, uma aprendizagem com sentido. 

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Da viagem: A série This is US

Apesar da série "This is us" ter começado em 2016, não consegui assisti-la antes. Até tentei, mas tive outras prioridades. No voo do dia 10/07 (citado em uma mensagem anterior), tive a oportunidade de retomá-la e ver alguns episódios. Para quem ainda não conhece, trata-se de um drama que acompanha o cotidiano de uma família durante tempos diferentes, uma mãe tentando lidar com a vida particular de seus 3 filhos adultos. O que mais me interessou foi a adoção de uma criança negra por uma família de pessoas brancas. Nos episódios são mostrados os seus dilemas, problemas, o seu crescimento e as formas de lidar com o racismo. Disponível no Amazon Prime.

Fiz uma conexão com as cenas dos episódios que assisti durante a viagem com um dos trechos do livro Colorismo de Alessandra Devulsky:

"Por mais acolhedores e amorosos que os lares possam ser, nada pode preparar uma criança para o racismo do mundo. A violência de perceber-se inferior, diferente, rejeitada, contudo, pode provocar menos danos quando a família é capaz de criar um ambiente no qual falar de racismo não é algo interditado sob o falso antídoto do "nós não enxergamos cores" - o color blindness. A família, as escolas e as universidades têm a responsabilidade de promover uma conversa segura, especialmente para negros, a fim de nomear o "elefante na sala" que é o colorismo e o racismo. (DEVULSKY, 2021, p. 118-119).

Continuando nessa mesma linha de raciocínio, cita bell hooks (2001) que aborda esse tema na sua obra Salvation: Black People and Love [Salvação: povo negro e amor], quando ressalta a importância de "tornar as crianças sujeitos "letrados"  sobre os códigos racistas que, queiramos ou não, serão impostos a eles" (DEVULSKY, 2021, p. 119). O que nos leva a reafirmar o quanto é essencial o trabalho de letramento racial nas escolas e nas universidades.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Conferência UNEB

Hoje foi dia de proferir a palestra intitulada "Redes de criação no cotidiano da escola: práticas pedagógicas em diferentes espaços/tempos. Foi mediada pela amiga professora Ana Lúcia Gomes.

Compartilhamos nossos achados da pesquisa do doutorado realizada no âmbito do Programa Um computador por aluno (PROUCA) em uma das escolas da rede estadual da Bahia, do Fundamental II. Além dessa experiência, conversamos sobre as ações da Residência Pedagógica em uma escola de ensino médio da mesma rede. As perguntas giraram em torno das questões de infraestrutura nas escolas, no trabalho pedagógico com as tecnologias e na formação dos professores.

Ainda no percurso da viagem: O livro Colorismo

Durante o retorno de Portugal, além dos filmes e da série citada em postagens anteriores, como já falei, terminei de ler o  livro Colorismo de Alessandra Devulsky, onde pude fazer várias conexões com a minha pesquisa. Logo no começo do livro, chama a atenção sobre a importância da compreensão das nossas origens, enquanto pessoas negras:

"A primeira forma pela qual o colorismo afeta negros claros é criando barreiras ideológicas no interesse natural que todo ser humano tem por compreender suas origens. Crianças que crescem em meio a um ambiente escolar e familiar estruturado em princípios de inferioridade da cultura africana, de vilanização das vítimas da escravidão e de invisibilização dos heróis e heroinas da resistência contra a escravidão não poderiam se desenvolver valorizando a sua negritude". (DEVULSKY, 2021, p. 27).

O trecho acima me fez refletir ainda mais sobre a importância da Escola Maria Felipo de Salvador (onde Bárbara Carine é sócia e consultora).

Devulsky afirma que o colorismo é um desdobramento do racismo, uma hierarquização de pessoas negras de acordo as suas proximidades com os traços africanos. Ao longo dos capítulos ela vai nos mostrando a importância da compreensão do nosso lugar na negritude. Assim, diz ela:

“para que o colorismo não mine a sororidade entre as mulheres na luta contra o patriarcado, é preciso ir além do simples reconhecimento das vantagens trazidas pela pele negra clara e pelos traços associados àquilo que compreendemos como branco, é preciso reinvindicar que os espaços políticos não sejam divididos entre pardos e pretos, mas multiplicados –equitativamente” " (DEVULSKY, 2021, p. 162). Dessa forma, "negros mestiços precisam reconhecer suas vantagens e fazer delas trampolim para todos os outros, sejam mais claros ou mais escuros, sejam eles indígenas ou mestiços" (DEVULSKY, 2021, p. 168). 

PARA SABER MAIS:

Assista ao video: JORNADA FEMINISMOS PLURAIS - Colorismo com Alessandra Devusky e Djamila Ribeiro 

Leia: Negros de pele clara por Sueli Carneiro 


terça-feira, 12 de julho de 2022

Acompanhando Bárbara Carine no Instagram: alguns destaques

Entre a programação de Bárbara no mês de julho, destaco a participação dela no Festival LED. Vale um destaque para esse evento, pois tem o propósito de discutir/refletir sobre o futuro da educação. Esse ano com um foco por uma educação antirrascista.

Bárbara fez parte de uma mesa sobre o compromisso com a educação infantil. Ela  comentou sobre:

"a importância dos processos de aprendizado no ambiente da creche e pré-escola e como é fundamental que as crianças entendam que o mundo é diverso e enxerguem os acontecimentos sob diferentes óticas. "A (criança negra) vai olhar e ver que não está nos espaços de poder, enquanto a criança branca observa o cenário e diz: "O mundo é meu". Porque só ela tem uma ancestralidade potente, porque a ancestralidade é de reis e rainhas. "Quem manda parece comigo, quem obedece não se parece"".

Perguntada sobre o que fazer sobre a sua indicação para a necessidade de educar crianças negras e brancas, ela responde:

“A mídia e as famílias brancas, infelizmente, ainda não têm capacidade disso. Precisamos educar as crianças para equidade, emancipação, entendimento de que merecemos ocupar todos os espaços de modo diverso. A diversidade não se constrói. O mundo é diverso. A gente só aceita, que dói menos”"

 

(Fonte: https://redeglobo.globo.com/movimento-led-luz-na-educacao/festival-led-luz-na-educacao/noticia/festival-led-mesa-pede-maior-compromisso-com-educacao-infantil.ghtml)

 

Em um post no seu Instagram, imagem e legenda de uma acontecimento durante o evento:


Dos dois destaques, reforçamos a importância da educação antirrascista para crianças negras e brancas e o potencial da união de um coletivo de mulheres negras.

 



Retorno de Portugal: a viagem e as aprendizagens

Retornei para o Brasil no dia 10/07. Durante o percurso da viagem de 9 horas e meia (pela TAM), entre Lisboa e Belo Horizonte, assisti aos filmes Ahead of the Curve e Kimi e alguns episódios da série This is US, além de concluir a leitura do livro Colorismo de Alessandra Devulsky. Ao acessar tais artefatos culturais, fui tecendo links/redes com a minha pesquisa. Nesse post, falarei um pouco sobre os filmes:

1- Ahead of the Curve (disponível no Globo Play)

A tradução literal de ahead of the curve é “à frente da curva”. Essa tradução realmente serve como uma analogia para o significado da expressão, que é “à frente dos pensamentos e tendências atuais”, ou seja, “na vanguarda”. (https://www.mairovergara.com/ahead-of-the-curve-o-que-significa-esta-expressao/)  

Documentário sobre a Revista lésbica Curve e sua fundadora e editora Franco Stevens. Franco é uma mulher de São Fransciso, que se casou jovem, na década de 1980. E que, depois, quando se assumiu lésbica, foi evitada pela família, ficando sem casa e sem recursos financeiros para a sua sobrevivência. Em 1990, para conseguir lançar a Revista, inicialmente com o nome Deneuve, utilizou diferentes cartões de créditos para aposta em corridas de cavalos, ganhando muito dinheiro em várias. Foi se fortalecendo através de entrevistas com celebridades e anúncios, tendo uma ampla circulação. A revista deu visibilidade as lésbicas. Precisou mudar o nome da revista para Curve, em decorrência de um processo movido pela atriz de cinema Catherine Deneuve, por violação da marca registrada. Stevens sofreu um acidente e ficou incapacitada, precisando vender a revista. Mas, não paralizou a luta pela invisibilidade das mulheres lésbicas.

Para saber mais: Visite o The Guardian

2- Kimi: alguém está escutando (HBO -Max)

O filme conta a história de Angela Childs, uma analista de tecnologia que revisa fluxos de dados para a empresa Amygdala Corporation. Ângela sofre de agorafobia (um dos transtornos de ansiedade), causado por momentos de pânico em um momento de sua vida. Segue uma rotina de trabalho trancada em seu loft no centro da cidade de Seattle. Os contatos com um número reduzido de pessoas são realizados via webconferência, principalmente com sua mãe, seu dentista e seu terapeuta.

Em um dos momentos do filme, ao ouvir algo estranho nas análises de seus audios, uma mulher em risco, sofrendo violência doméstica, resolve sair de casa em busca de auxílio para ajudá-la, resolução tomada após uma conversa com um colega de trabalho, que considerou o perigo de tal ação via e-mail. Todo o movimento do filme acontece após essa saída da protagonista. Além da possibilidade de reflexão sobre violência contra a mulher, o filme nos possibilita pensar sobre os transtornos causados por um determinadas situações ruins nas nossas vidas, mais atualmente, no contexto da pandemia.

Para saber mais: Visite o The Guardian

Nos próximos posts, tratarei sobre a série This is US e o livro Colorismo.




quinta-feira, 7 de julho de 2022

A conferência na UAB-PT

Ontem (às 18:00 h em Portugal e 14 h no Brasil) proferi a conferência intitulada O "diário-jornal" de pesquisa como criação de redes na Universidade Aberta de Portugal. Iniciei minha fala contextualizando tal dispositivo, ou seja a minha narrando um pouco a minha pesquisa do pós-doc. Nesse primeiro momento, expliquei o que entendo por dispositivo, apresentei a fundamentação teórica, problematizei o uso do nome Jornal de Pesquisa (JP) e não diário de pesquisa, diferenciando-os. Em seguida, falei sobre a contribuição da prática de escrita do JP na formação da pesquisadora e razões para fazê-la. O segundo momento da minha fala foi destinado para a apresentação das características e os pressupostos do JP online. Por fim, dei sugestões de como elaborar tal dispositivo, utilizando a interface blog.

A conferência foi mediada pela professora Lina Morgado (UAB-PT). Houve interação com os participantes. Entre as provocações, emergiu uma preocupação com a publicização do dados da minha pesquisa no JP antes de ser publicada em livro ou artigo, pois posso correr o risco de apropriação por outros interessados na temática. Ficou esclarecido que isso seria plágio, caso não houvesse autorização da autora do JP. Outra questão foi relacionada a ética, a autorização de uso de dados das praticantes culturais, das professoras, sujeitos da pesquisa. Expliquei que houve uma conversa entre mim e elas, comunicando-lhes sobre minha pesquisa e que faria uma live com cada uma delas para uma conversa sobre as suas respectivas redes de criação. (até o momento, só foi realizada uma com a professora Edméa Santos. As próximas estão previstas para acontecerem ainda em julho ou agosto). Foi dito também que o conteúdo das publicações no meu JP, em relação a elas, é apenas relacionado ao que elas publicam em suas redes sociais (que são públicas), com as devidas citações, mas especificamente, links de lives e entrevistas, microvideos no youtube, divulgação de artigos e livros.

Tive um retorno dos participantes da atividade como positivo, a partir de feedbacks recebidos (infelizmente, através do meu whatsapp. Como troquei o celular na viagem, meus dados foram perdidos, pois não consegui fazer um backup).


terça-feira, 5 de julho de 2022

Organizando o material para conferência na UAB-PT

 

Hoje foi dia de organizar o material para a conferência que ocorrerá amanhã na UAB-PT.

A sessão é aberta a todos os estudantes de mestrado e doutoramento e investigadores, mas é necessária a inscrição.

sábado, 2 de julho de 2022

Pelas ruas de Lisboa

Os dias 01 e 02 de julho foram dedicados ao turismo pelas ruas de Lisboa. 

Entre os lugares visitados, destaco:

Miradouro Adamastor


TimeOut Market 

Passagem pela Brasileira - um encontro com Fernando Pessoa