quinta-feira, 14 de julho de 2022

Da viagem: A série This is US

Apesar da série "This is us" ter começado em 2016, não consegui assisti-la antes. Até tentei, mas tive outras prioridades. No voo do dia 10/07 (citado em uma mensagem anterior), tive a oportunidade de retomá-la e ver alguns episódios. Para quem ainda não conhece, trata-se de um drama que acompanha o cotidiano de uma família durante tempos diferentes, uma mãe tentando lidar com a vida particular de seus 3 filhos adultos. O que mais me interessou foi a adoção de uma criança negra por uma família de pessoas brancas. Nos episódios são mostrados os seus dilemas, problemas, o seu crescimento e as formas de lidar com o racismo. Disponível no Amazon Prime.

Fiz uma conexão com as cenas dos episódios que assisti durante a viagem com um dos trechos do livro Colorismo de Alessandra Devulsky:

"Por mais acolhedores e amorosos que os lares possam ser, nada pode preparar uma criança para o racismo do mundo. A violência de perceber-se inferior, diferente, rejeitada, contudo, pode provocar menos danos quando a família é capaz de criar um ambiente no qual falar de racismo não é algo interditado sob o falso antídoto do "nós não enxergamos cores" - o color blindness. A família, as escolas e as universidades têm a responsabilidade de promover uma conversa segura, especialmente para negros, a fim de nomear o "elefante na sala" que é o colorismo e o racismo. (DEVULSKY, 2021, p. 118-119).

Continuando nessa mesma linha de raciocínio, cita bell hooks (2001) que aborda esse tema na sua obra Salvation: Black People and Love [Salvação: povo negro e amor], quando ressalta a importância de "tornar as crianças sujeitos "letrados"  sobre os códigos racistas que, queiramos ou não, serão impostos a eles" (DEVULSKY, 2021, p. 119). O que nos leva a reafirmar o quanto é essencial o trabalho de letramento racial nas escolas e nas universidades.

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