terça-feira, 12 de julho de 2022

Retorno de Portugal: a viagem e as aprendizagens

Retornei para o Brasil no dia 10/07. Durante o percurso da viagem de 9 horas e meia (pela TAM), entre Lisboa e Belo Horizonte, assisti aos filmes Ahead of the Curve e Kimi e alguns episódios da série This is US, além de concluir a leitura do livro Colorismo de Alessandra Devulsky. Ao acessar tais artefatos culturais, fui tecendo links/redes com a minha pesquisa. Nesse post, falarei um pouco sobre os filmes:

1- Ahead of the Curve (disponível no Globo Play)

A tradução literal de ahead of the curve é “à frente da curva”. Essa tradução realmente serve como uma analogia para o significado da expressão, que é “à frente dos pensamentos e tendências atuais”, ou seja, “na vanguarda”. (https://www.mairovergara.com/ahead-of-the-curve-o-que-significa-esta-expressao/)  

Documentário sobre a Revista lésbica Curve e sua fundadora e editora Franco Stevens. Franco é uma mulher de São Fransciso, que se casou jovem, na década de 1980. E que, depois, quando se assumiu lésbica, foi evitada pela família, ficando sem casa e sem recursos financeiros para a sua sobrevivência. Em 1990, para conseguir lançar a Revista, inicialmente com o nome Deneuve, utilizou diferentes cartões de créditos para aposta em corridas de cavalos, ganhando muito dinheiro em várias. Foi se fortalecendo através de entrevistas com celebridades e anúncios, tendo uma ampla circulação. A revista deu visibilidade as lésbicas. Precisou mudar o nome da revista para Curve, em decorrência de um processo movido pela atriz de cinema Catherine Deneuve, por violação da marca registrada. Stevens sofreu um acidente e ficou incapacitada, precisando vender a revista. Mas, não paralizou a luta pela invisibilidade das mulheres lésbicas.

Para saber mais: Visite o The Guardian

2- Kimi: alguém está escutando (HBO -Max)

O filme conta a história de Angela Childs, uma analista de tecnologia que revisa fluxos de dados para a empresa Amygdala Corporation. Ângela sofre de agorafobia (um dos transtornos de ansiedade), causado por momentos de pânico em um momento de sua vida. Segue uma rotina de trabalho trancada em seu loft no centro da cidade de Seattle. Os contatos com um número reduzido de pessoas são realizados via webconferência, principalmente com sua mãe, seu dentista e seu terapeuta.

Em um dos momentos do filme, ao ouvir algo estranho nas análises de seus audios, uma mulher em risco, sofrendo violência doméstica, resolve sair de casa em busca de auxílio para ajudá-la, resolução tomada após uma conversa com um colega de trabalho, que considerou o perigo de tal ação via e-mail. Todo o movimento do filme acontece após essa saída da protagonista. Além da possibilidade de reflexão sobre violência contra a mulher, o filme nos possibilita pensar sobre os transtornos causados por um determinadas situações ruins nas nossas vidas, mais atualmente, no contexto da pandemia.

Para saber mais: Visite o The Guardian

Nos próximos posts, tratarei sobre a série This is US e o livro Colorismo.




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